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A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Záfon

Depois deste livro, parece-nos que não existe  outro  livro nem outra estória. Não pode haver. Não é que não estejam lá, todos os outros grandes escritores e as grandes estórias que já lemos, as que ainda não lemos e as que nunca leremos, porque estão, entram pela janela e invadem a teia das palavras que nos rodeia, como aquela luz rara que de vez em quando nos acaricia o olhar cansado de tanta frivolidade. Aliás, não fosse esta estória uma estória de livros, com muitos livros, milhares deles, dentro dela, repousando para sempre nas estantes do Cemitério dos Livros Esquecidos, que de esquecidos só têm mesmo o nome ou a simples impossibilidade numérica de os ler a todos. Mas, inexplicavelmente, todos esses grandes livros que nos povoam o imaginário parecem de súbito, criação deste. Entendemos, portanto. Tudos o que lemos anteriormente, seria, então, um caminho que nos levaria aqui. A este livro. E daqui o caminho que se abre ganha uma outra luz, depois deste. Porém, nos minutos seg